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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Mel - Como é produzido?


A matéria prima do mel é o néctar que a abelha retira das flores.
A maioria dos néctares das flores são similares à água com açúcar: sucrose misturada com água. O segredo do mel está nas enzimas que as abelhas produzem. Uma delas, a invertasse,  converte a maioria da sucrose em glicose e frutose.
Outra, converte a maioria da sucrose transforma pequena parte da glicose em ácido glucônico e peróxido de hidrogênio. O ácido glicônico transforma o mel em um meio ácido com baixo pH que é inóspito para bactérias, mofo e fungos (organismos que chamamos de micróbios), enquanto o peróxido de hidrogênio proporciona proteção de curto alcance contra esses mesmos organismos quando o mel está amadurecendo ou é diluído para servir de alimento para as larvas. A grande parte líquida dessa mistura deve ser evaporada, deixando somente cerca de 18% de água na composição final do mel.
O processo de evaporação é muito interessante:
A abelha coloca pequenas gotículas no lado superior dos favos e bate suas asas freneticamente para aumentar a movimentação do ar e eliminar o excesso de umidade.
O efeito consiste em transformar o mel em um alimento muito estável. Ele resiste naturalmente a mofos, fungos e outras bactérias.
As abelhas dependem do mel para se alimentar. Uma colméia mediana precisa de 10 a 15 quilos de mel para sobreviver ao inverno. No entanto, numa estação favorável uma colméia pode produzir cerca de 25 quilos de mel, deixando um excedente que pode ser colhido e apreciado pelos humanos — e também por animais tais como ursos e guaxinins.
Além de ser um alimento maravilhoso — um verdadeiro depósito de vitamina B, vários minerais e antioxidantes — o mel é um dos remédios mais antigos de uso contínuo. A Dra. May Berenbaum, entomologista da Universidade de Illinois, EUA, comenta: “Há séculos o mel tem sido usado para tratar vários problemas médicos, como ferimentos, queimaduras, cataratas, úlceras de pele e arranhões.”
O mel não estraga: é a única fonte de alimento conhecido que se mantém
indefinidamente em sua forma bruta.
O arqueólogo T.M. Davies descobriu uma jarra de 3.300 anos de mel em uma tumba egípcia que, para sua surpresa, estava em ótimas condições. Durante séculos, o mel foi o adoçante principal em todo o mundo. Relevos egípcios em túmulos do século III a.C. mostram trabalhadores recolhendo mel de colmeias. Manuscritos chineses do mesmo período contêm poemas e canções de louvor ao mel e seus muitos usos.
Hoje, o mel continua sendo um ingrediente importante na culinária de quase
todas as culturas.
A sabedoria evidente em todo esse intricado processo glorifica o Criador que proveu os meios e dotou a abelha da habilidade incrível de produzir o mel!

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