A maioria dos néctares das flores são similares à água com
açúcar: sucrose misturada com água. O segredo do mel está nas enzimas que as
abelhas produzem. Uma delas, a invertasse,
converte a maioria da sucrose em glicose e frutose.
Outra, converte a maioria da sucrose transforma pequena
parte da glicose em ácido glucônico e peróxido de hidrogênio. O ácido glicônico
transforma o mel em um meio ácido com baixo pH que é inóspito para bactérias,
mofo e fungos (organismos que chamamos de micróbios), enquanto o peróxido de
hidrogênio proporciona proteção de curto alcance contra esses mesmos organismos
quando o mel está amadurecendo ou é diluído para servir de alimento para as
larvas. A grande parte líquida dessa mistura deve ser evaporada, deixando
somente cerca de 18% de água na composição final do mel.
O processo de evaporação é muito interessante:
A abelha coloca pequenas gotículas no lado superior dos
favos e bate suas asas freneticamente para aumentar a movimentação do ar e
eliminar o excesso de umidade.
O efeito consiste em transformar o mel em um alimento muito
estável. Ele resiste naturalmente a mofos, fungos e outras bactérias.
As abelhas dependem do mel para se alimentar. Uma colméia
mediana precisa de 10 a 15 quilos de mel para sobreviver ao inverno. No
entanto, numa estação favorável uma colméia pode produzir cerca de 25 quilos de
mel, deixando um excedente que pode ser colhido e apreciado pelos humanos
— e também por animais tais como ursos e guaxinins.
Além de ser um alimento maravilhoso — um verdadeiro
depósito de vitamina B, vários minerais e antioxidantes — o mel é um
dos remédios mais antigos de uso contínuo. A Dra. May Berenbaum, entomologista
da Universidade de Illinois, EUA, comenta: “Há séculos o mel tem sido usado
para tratar vários problemas médicos, como ferimentos, queimaduras, cataratas,
úlceras de pele e arranhões.”
O mel não estraga: é a única fonte de alimento conhecido que
se mantém
indefinidamente em sua forma bruta.
O arqueólogo T.M. Davies descobriu uma jarra de 3.300 anos
de mel em uma tumba egípcia que, para sua surpresa, estava em ótimas condições.
Durante séculos, o mel foi o adoçante principal em todo o mundo. Relevos
egípcios em túmulos do século III a.C. mostram trabalhadores recolhendo mel de
colmeias. Manuscritos chineses do mesmo período contêm poemas e canções de
louvor ao mel e seus muitos usos.
Hoje, o mel continua sendo um ingrediente importante na
culinária de quase
todas as culturas.
A sabedoria evidente em todo esse intricado processo
glorifica o Criador que proveu os meios e dotou a abelha da habilidade incrível
de produzir o mel!
Fontes: http://www.hsw.uol.com.br/
- http://www.beekmanandbeekman.com/honeytidbits.html
- Revista “Despertai!”08/08/2005
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